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DISBIOSE MICROBIANA DO INTESTINO DELGADO ASSOCIADA COM DESORDENS E SINTOMAS GASTRINTESTINAIS


A Segunda Quarta Científica de Novembro é da NATURE COMMUNICATIONS e mostra um estudo a respeito da disbiose microbiana do intestino delgado associada com desordens e sintomas gastrintestinais. Confira!⁣


O ESTUDO
O microbioma intestinal humano tem sido ultimamente reconhecido como um fator importante na patogênese de desordens funcionais gastrintestinais. 
Ele tem importância na modulação de processos fisiológicos, na motilidade e secreção gastrintestinal, manutenção da barreira epitelial e na comunicação entre o intestino e o sistema nervoso central.  A maioria dos estudos são focados nas fezes, que refletem diretamente a microbiota e a mucosa colônica. Porém a microbiota do intestino delgado se mantém relativamente desconhecida na grande maioria das desordens. Isso é relevante pois um aumento quantitativo das bactérias do intestino delgado (que acontece na SIBO) tem sido implicado com alterações funcionais gastrintestinais, através de mecanismos pouco esclarecidos. 

Poucos estudos tiveram sucesso em caracterizar a microbiota do intestino delgado pela dificuldade de acessá-lo e pela menor densidade bacteriana, fazendo com que seja difícil a obtenção de material genético suficiente. 
Sintomas clássicos de SIBO são diarreia, dor e inchaço abdominal. O teste padrão-ouro para o diagnóstico da síndrome é a cultura do aspirado duodenal para medir a densidade microbiana do duodeno. A SIBO é definida como >105 UFC/ml na cultura do aspirado. 

Este estudo mostrou que o diagnóstico de SIBO baseado na dosagem quantitativa da microbiota intestinal, através do aspirado duodenal, usualmente reflete um supercrescimento de anaeróbios, mas não se relaciona com os sintomas apresentados pelo paciente, e pode ser um resultado de preferências dietéticas. A composição da microbiota do intestino delgado por sua vez é significativamente alterada em paciente sintomáticos, quando comparados com pacientes saudáveis, e a composição microbiana não corresponde à SIBO. As diferenças atribuídas à função microbiana nos pacientes sintomáticos e nos controles saudáveis sugerem diferenças potenciais na ingesta de carboidratos entre os dois grupos. Nessa intervenção piloto na dieta, foi encontrado que a mudança de uma dieta rica em fibras para uma dieta pobre em fibras, rica em açúcares simples levou a sintomas funcionais gastrintestinais. 

Houve uma correlação inversa entre a diversidade microbiana do intestino delgado e a permeabilidade deste, e uma associação entre a diminuição da diversidade da microbiota e o aparecimento de sintomas gastrintestinais específicos, seguindo a intervenção dietética. 
Os achados deste estudo foram consistentes com artigos prévios que encontraram que a presença de SIBO não se correlacionou com sintomas como diarreia e distensão abdominal, cólicas e dores abdominais. 

A ausência de correlação entre a SIBO e sintomas gastrintestinais ou composição da microbiota na presença de SIBO em indivíduos saudáveis, traz o questionamento se a SIBO é uma doença primária que leva a sintomas funcionais gastrintestinais ou é secundária a influência do meio (predominantemente da dieta). Esta distinção é importante pois os pacientes atualmente são tratados com doses subterapêuticas de antibióticos empíricos, tratamentos estes que têm potenciais danos colaterais a longo prazo à microbiota intestinal e são particularmente relacionados com o aumento das taxas de resistência 
antimicrobiana.


➡️ Quer saber mais a respeito do estudo fale com nosso suporte científico: 11 97322-7464.
NATURE COMMUNICATIONS
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